Se você é viajante internacional “de primeira viagem”, mas sonha em sair do Brasil, conhecer um país novo, outra cultura e costumes, e desbravar esse mundão vou te contar cinco erros comuns que os viajantes comentem na primeira viagem internacional.
Com essas infos você vai evitar muita dor de cabeça, otimizar seu tempo na viagem, aproveitar mais, e ainda economizar dinheiro. Quem não quer, não é mesmo?
Claro que eu mesma já cometi quase todos esses erros na minha primeira viagem internacional.
Já perdi dinheiro com as compras que fiz, “comprei gato por lebre”, como diz minha avó pelas compras erradas que fazemos e, já dormi em lugares bem ruins porque foram as opções que sobraram que eu conseguia pagar.
Entre outros perrengues que poderia ter ser evitado se eu não tivesse cometido esses erros que vou te contar hoje.
Com cada viagem e a cada planejamento aprendo um pouco mais, volto transformada e melhor preparada para a próxima viagem.
E você já pode começar a sua primeira viagem internacional evitando esses cinco erros comuns que os viajantes cometem na primeira viagem internacional.
1 – Deixar de monitorar o câmbio desde o início do planejamento
Se é sua primeira viagem internacional, provavelmente você nunca se preocupou com câmbio, com troca do Real (R$) para outra moeda estrangeira.
O primeiro erro comum dos viajantes é não considerar esse item super importante desde o início do planejamento da viagem.
Por exemplo, eu sonhava em conhecer Londres mas eu não acompanhava a cotação da moeda que eles usam (a libra estrelina), e como os outros países que eu ia conhecer a moeda era o Euro, eu só me planejei para comprar Euro.
E quando eu fui comprar as libras estrelinas, de última hora, a cotação estava muito pior do que quando eu comecei a planejar a viagem, isso é, meu dinheiro rendeu menos, consegui fazer menos coisas pagas porque a minha quantia em reais era limitada.
E eu já tinha até o dinheiro da viagem separado, então se eu tivesse acompanhado a cotação, eu poderia ter comprado quando a libra antes de subir tanto o valor.
Então a primeira dica é: acompanhe o câmbio do país, ou países que você vai conhecer. A cotação muda diariamente.
Eu gosto inclusive de ir comprando aos poucos a moeda estrangeira para equilibrar o câmbio. Quando percebo que a cotação melhorou já compro um pouco de moeda.
Um site que eu gosto de monitorar a cotação e utilizo muitas vezes para compra de moeda é o Melhor Câmbio, veja aqui o site.
2 – Desconsiderar o IOF das compras internacionais
Para compras internacionais atualmente no Brasil incide IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6,38%; isso impacta diretamente nas compras em moedas estrageiras e no seu bolso.
Tanto se você utiliza cartão de crédito, cartão de débito, cartão de viagens pré-pagos ou cheques de viagens você acaba pagando o IOF de 6,38% sobre o valor.
A única forma que você não irá pagar IOF é levando o dinheiro em espécie ou já pagando alguns itens da viagem em reais e não em moeda estrangeira.
Tem vários itens das viagens internacionais que é possível já pagar em reais, com antecedência, enquanto você ainda estiver no Brasil, e o melhor: em alguns deles é possível até o parcelamento.
Hospedagem, por exemplo, é muito comum os viajantes reservar no Booking.com, mas em viagens internacionais o pagamento é feito na moeda estrangeira, então nesse caso eu sugiro sites como Hoteis.com, Airbnb, empresas (ou agências de viagens) de sua confiança.
Isso é muito comum, então fique atento para não esquecer de considerar os adicionais de 6,38% que você irá pagar em compras internacionais.
3 – Usar o cartão de crédito em excesso
Além do imposto de 6,38% de IOF (que falamos no item 2) que é pago nas compras internacionais, quando você utiliza o cartão de crédito você fica refém da cotação do seu banco, que normalmente cobra valores abusivos.
O dólar turismo é nome dado a cotação de compra de moeda estrangeira em espécie, você pode comprar em casas de câmbio ou em bancos.
É diferente também do dólar comercial, que é a cotação utilizada para transações de negócios.
O cartão de crédito costuma ter a cotação entre os valores próximo aos de cartão pré pago internacional, veja o exemplo da cotação real deste mês de setembro (já com o IOF incluso):
A forma mais econômica é comprar o dinheiro em espécie e utilizar o câmbio turismo, mas não é a forma mais segura ter o seu dinheiro todo em mãos.
Eu normalmente levo em espécie, mas eu carrego na doleira de baixo da minha roupa na viagem toda (é comum batedores de carteiras em diversos lugares do mundo). Não gosto deixar em cofres no hotel, nem sempre é seguro.
Na cotação de hoje é até mais econômico o cartão pré pago do que o cartão de crédito, e o bom é que você consegue ir abastecendo aos poucos conforme a cotação vai melhorando, você vai aproveitando.
Na minha primeira viagem internacional eu levei um pouco de dinheiro em espécie (só para emergências) e levei para usar como principal forma de pagamento o cartão de crédito.
Eu já tinha o dinheiro separado no Brasil para pagar a fatura mas me super mal com a flutuação do câmbio.
Quando eu soube que ia viajar a cotação do dólar estava aproximadamente R$1,80; mas quando chegou a fatura do cartão de crédito a cotação foi R$2,50 (saudades dessa cotação boa de 2008).
Se eu tivesse abastecido aos poucos um cartão pré pago conforme fui guardando o dinheiro, meu dinheiro ia ter rendido muito mais.
Tanto na conversão para dólar e até mesmo na cotação, já que a taxa do banco normalmente é superior a casas de câmbios.
4 – Deixar para ver o que fazer quando já está no destino
Esse é um costume comum para nós que somos brasileiros, principalmente quando fazemos viagens nacionais: escolher o que fazer só quando chega no destino.
Alguns perguntam dicas para algum amigo ou familiar que já conhece o destino; outros pesquisam na internet alguns passeios e deixam o restante para ver na hora; e grande parte deixa para decidir tudo quando chega no destino.
E o que muitos esquecem é o quanto investimos para fazer a viagem. Qual é o valor por dia que investimos com transporte, hospedagem, passeio, alimentação etc.
Sem contar que eu sempre me pergunto quando será que vou ter a oportunidade de voltar naquele destino para fazer algo que não estou fazendo dessa vez.
Imagina perder o precioso tempo da viagem e ao invés de aproveitar, ter que ficar esquentando a cabeça sem saber o que fazer, como ir, se é algo que combina com seu estilo e que você vai gostar etc.
E quando digo planejar é além das pesquisas, é também organizar a informação, reservar o que for necessário, entender as opções que o destino tem a oferecer pra escolher a melhor para si mesmo.
O legal é ter esse conhecimento e as informações de forma prática, assim até mesmo na hora se você estiver curtindo muito um lugar e quiser ficar mais tempo do que imaginava você pode ver o que irá abrir mão.
5 – Deixar para planejar de última hora
Brasileiro deixa tudo pra última hora, é um hábito nacional. E quando estamos falando de viagens pelo Brasil, os outros viajantes, na maior parte serão também brasileiros (e grande parte vai deixar para planejar de última hora).
Mas quando estamos falando de viagem internacional são pessoas do mundo inteiro, e muitos vão se antecipar.
De acordo com uma pesquisa da Decolar:
Quando o brasileiro pretende viajar para destinos internacionais, o fechamento da viagem acontece com 72 dias de antecedência, em média.
Dependendo do destino internacional é difícil encontrar bom custo-benefício de hospedagem com antecedência de 2 meses, por exemplo.
Acaba pagando-se mais caro para ficar em um lugar inferior, quando comparado com reservas feitas com maior antecedência.
Sem contar que tem coisas que acabam os ingressos, esgotam as vagas, ou você fica horas na fila da bilheteria oficial antes de entrar em uma atração.
Imagina ir para Roma e não conhecer o Coliseu porque acabou ingresso? Ou, estar em pleno verão, sol de 40 graus na cabeça e só tem ingresso para o horário mais quente? O passeio que era pra ser a realização de um sonho acaba sendo desagradável.
Conclusão
Viajar é se transformar, expandir, e sempre aprender algo novo. Eu já aprendi muitas coisas viajando e vejo alguns comportamentos padrão entre os viajantes de primeira viagem.
Esses são erros comuns que muitos acabam cometendo por inexperiência ou pela correria do dia a dia, mas agora que você já esse conhecimento pode evitar deixar para última hora e se antecipar.
O planejamento é tudo e quanto mais você se planejar, mais o seu dinheiro vai render e melhor você poderá aproveitar sua viagem.
Pensar e planejar a parte financeira da viagem com maior antecedência só lhe trará benefícios e ficará mais fácil de escolher como levar seu dinheiro em moeda estrangeira para gastar na viagem.
O mais importante é que se você está lendo essa matéria você deve estar pensando em fazer uma viagem internacional, e com essas dicas você já pode começar a se planejar para a próxima.
Tem alguma dica para compartilhar com os viajantes internacionais “de primeira viagem”? Ou algo que você aprendeu na última viagem para compartilhar?
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